Teologia budista é um ramo do estudo acadêmico universitário que trata da análise da tradição budista, com suas diversas Escolas, sob o viés da metodologia científica aplicada as Escrituras, Tratados, Códigos Morais, enfim, sobre essa estrutura de conhecimento. O objetivo é desenvolver uma compreensão abrangente e crítica por meio da determinação dos princípios, conceitos, argumentos e juízos de conhecimento budistas que sustentam o fundamento teológico da realidade última inefável: a paz definitiva. Por meio do estudo da teologia budista é possível o desenvolvimento de conhecimento racional e analítico que está dentro do registro brasileiro, dentro da nossa linguagem, da nossa estrutura de conhecimento.
O termo teologia nasceu na Grécia com uma finalidade específica, que era de explicar racionalmente os mitos gregos, isso era feito pela busca dos princípios primeiros das coisas. Parte-se do pressuposto que a realidade de todas as coisas pode ser conhecida em seus princípios por meio da razão que pode, também, descobrir o conteúdo de verdade de todas as coisas. De acordo com os estoicos, havia três tipos de teologia: a mitológica, a fisiológica e a ideológica (religiosa, natural e política, respectivamente).
No cristianismo o termo será usado pela primeira vez no séc. IV, com Euzébio de Cesária, e determinava o estudo de Deus consigo mesmo pelo mistério da Trindade (ad intra) e de Deus com o mundo (ad extra). Passou a ser realmente usado na Idade Média com a formação das universidades no séc. XII, principalmente por Pedro Abelardo. Antes disso era chamado de Doctrina Christiana ou Sacra Doctrina. No séc. XIII, com o surgimento definitivo das universidades ocorreu o estabelecimento do termo para definir uma faculdade (domínio de um conhecimento específico): Artes, Jurisprudência e Medicina. Ainda assim a pessoa que se formava em teologia era chamada de Mestre na Sagrada Escritura.
No budismo, o uso do termo teologia é aceitável na acepção dos estoicos gregos, embora não exista a presença dos mitos, o que significa que a teologia budista está ligada a natureza e a política nos parâmetros dos estoicos. No entanto, como há uma teoria inovadora (para período histórico do séc. V a.C. na Índia), que consiste nas Quatro Nobres Verdades e no método para se alcançar a paz definitiva (nirvana) por meio dos esforços humanos, na dependência da razão investigativa e do treinamento dos hábitos (realizado pela concentração meditativa), então, pode-se dizer que houve algo similar a uma revelação, mas desenvolvida racionalmente por um ser humano, o Buda histórico. Por isso é possível dizer que há uma teologia religiosa que trata do mistério da realidade última, a paz definitiva, a realização final alcançada pelo método das Quatro Nobres Verdades. Da mesma maneira é possível dizer que há uma filosofia budista. A opção da nossa escola pelo uso do termo “teologia budista” é para a aproximação e diálogo com a teologia cristã.
Não. A Teologia Católica se fundamenta em Sagrada Escritura, Tradição Apostólica e Magistério centralizado. A Teologia Budista se fundamenta nas Escrituras, Tradição Moral e Magistério descentralizado. As Escrituras consistem na coleção dos Sermões do Buda (sutras), que podem variar – Sarvastivada tem uma coleção específica, Mahayana tem outra diferente, etc., na Tradição Moral, que está presente nos Códigos Morais – Vinaya, e seus comentários, que variam também de Escola para Escola; e no Magistério budista, composto por uma unidade entre Tratados clássicos e interpretações atualizadas feitas pelos professores qualificados do presente – cada Escola tem a sua, não se trata de algo centralizado.
O objeto material é realidade convencional e a realidade última do mundo, no recorte da libertação dos sofrimentos e suas causas, investigadas sob a luz da razão e da fé na doutrina budista. O objeto formal é a realidade última, a paz definitiva, de acordo com o método das Quatro Nobres Verdades.
O Curso de Graduação Livre em Teologia Budista ainda não tem aprovação do MEC, porém, já estão sendo tomadas as medidas para o cadastramento do Instituto Pramāṇa como Instituição de Ensino Superior para a autorização e reconhecimento do órgão brasileiro.
A Associação BUDA, juntamente com o Instituto Pramāṇa, possuem Certificação da filiação ao International Buddhist Council (IBC), órgão mundial com sede em Délhi, Índia. Temos também a Certificação da filiação ao International Buddhist Sangha (IBS) de Taiwan, e ajudamos a International Geluk Foundation. Os certificados de filiação podem ser vistos no seguinte link do site: www.buda.org.br/reconhecimentos.
Não é possível o trancamento do Curso de Graduação livre, mas apenas o cancelamento do Curso. Por essa razão não há possibilidade de reaproveitamento de créditos. Sugerimos que o aluno permaneça no Curso, por meio de redução das disciplinas, para que sua inscrição no Curso de Graduação livre não seja cancelada. Em casos de dificuldades financeiras, o aluno poderá entrar em contato com a Secretaria para solicitar, se for o caso, Bolsa de Estudo, mediante analise dos documentos e comprovantes solicitados e aprovação final feita pelo Departamento Jurídico.
O Curso de Graduação livre tem a duração de 3 anos.
O processo seletivo do Curso de Graduação livre poderá ocorrer de duas formas: (1) através da nota do ENEM, se realizado até os dois últimos anos que antecedem o período de inscrição no curso, sendo aprovado o aluno que obtiver uma nota superior a 450 na redação; ou (2) através de uma redação que deverá ser entregue pelo aluno em até 24 horas, depois de disponibilizados os arquivos para o mesmo pela secretaria do Instituto Pramāṇa.
Já para os portadores de diploma do Ensino Superior, não há necessidade do ingresso nos processos descritos acima.
Há Bolsas de estudo de 50% para alunos de Baixa Renda, desde que devidamente comprovado. O envio dos documentos não é garantia de concessão da Bolsa, uma vez que será feita verificação do preenchimento dos requisitos, e em caso positivo o aluno será avisado sobre a autorização.
Em caso de interesse do aluno, os requisitos de concessão da Bolsa e os termos de compromisso do aluno bolsista devem ser solicitados para a Secretaria através do email: secretaria@pramana.org.br.
O aluno bolsista como regra geral não poderá escolher as matérias obrigatórias a serem cursadas. Logo, o aluno bolsista deverá necessariamente sempre cumprir no semestre letivo as disciplinas obrigatórias. As disciplinas optativas poderão ser escolhidas pelo aluno. Os casos de necessidades especiais, se devidamente comprovados, deverão ser encaminhados para a Secretaria para avaliação pela Coordenação do Curso.
O valor da mensalidade não varia de acordo com o número de Disciplinas escolhidas pelo aluno para serem cursadas no semestre. Ou seja, a mensalidade será a mesma para o aluno que cursar uma ou todas as disciplinas em um mesmo semestre.
Conforme consta no contrato de prestação de serviços. O valor da mensalidade é semestral, podendo sofrer reajustes conforme consta no contrato de prestação de serviços.
Para o esclarecimento de duvidas que vem pelos estudos das disciplinas, o aluno deverá utilizar o Fórum disponível dentro de cada curso, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (Plataforma de EAD).
Sim, cada aluno será acompanhado por um Monitor que ficará responsável pela comunicação e auxiliar nas dificuldades com relação à plataforma. Em caso de dúvidas não relacionadas às aulas, sugestões ou reclamações sobre o Curso, Plataforma ou demais assuntos, favor enviar ao e-mail da Secretaria (secretaria@pramana.org.br).
Uma vez disponibilizadas as aulas programadas na semana, elas permanecerão disponíveis para o aluno até o fim do semestre ou até o aluno completar a disciplina.
Sim. Para obtenção deste diploma em 5 anos é preciso cumprir todas as disciplinas propostas no semestre. Como essas disciplinas fazem parte de sua matriz curricular, para obter a integralização é preciso o cumprimento de todas elas. O Instituto Pramāṇa sistematizou o curso de Teologia Budista buscando corresponder exigências e diretrizes curriculares nacionais do Ministério da Educação (MEC) para um curso de Teologia autorizado (Resolução CNE/CES nº 4, de 16 de setembro de 2016) – ainda que seja um curso livre. Entretanto, você pode cumprir menos disciplinas do que as propostas na grade se preferir e cumprir a integralização em mais tempo.
As disciplinas que o aluno reprovar ou não cursar, poderão ser cursadas novamente quando forem ofertadas. Com isso, se o aluno reprovar em uma das disciplinas do semestre vigente, por exemplo, ele poderá cursar a mesma disciplina até que seja aprovado. Enquanto não for aprovado no módulo 1, o aluno não poderá cursar o módulo 2 daquela disciplina específica.
Vale ressaltar que não há possibilidade de trancamento do módulo. Ou seja, se o aluno desistir do módulo no meio do semestre, ele terá necessariamente que refazer este módulo da próxima vez.
O Instituto Pramāṇa promove o estudo sistemático dos temas centrais da Tradição do Pensamento Budista e do Pensamento Cristão. Não professa nenhuma fé religiosa. Não recebe nenhuma verba do Poder Público ou de quaisquer entidades religiosas.
O Instituto Pramāṇa não possui caráter pastoral, sendo apenas e tão somente a sua mantenedora, a Associação BUDA que possui os Aconselhamentos, que consistem em conversa particular com os monges ou monjas da BUDA, agendada previamente pela Secretaria da BUDA. Para os demais serviços pastorais, indicamos as Pastorais da Igreja Católica Romana e da Igreja , da Paróquia São Sebastião cidade de Valinhos/SP. Quanto à participação em projetos sociais, o interessando deve entrar em contato com a Associação BUDA, a mantenedora do Instituto Pramāṇa, pela Secretaria.
Não há nenhuma filiação política. Tanto a BUDA quanto o Instituto Pramāṇa, não possuem filiação política nem político-partidária. Somente o presidente da BUDA está revestido de poder para dizer algo sobre qualquer posicionamento partidário político pela Associação, bem como fazer declarações publicas a respeito de ideologias políticas. Com relação ao Instituto Pramāṇa, somente o seu Diretor Geral está revestido de poder para dizer algo sobre qualquer posicionamento partidário político, bem como fazer declarações publicas a respeito de ideologias políticas que representem oficialmente o Instituto.
A BUDA e o Instituto Pramāṇanão impõe nem coloca limites ou restrições nas escolhas político-partidárias de seus associados, que poderão livremente escolher suas orientações, com a ressalva de que suas declarações político partidárias e ideológicas são de responsabilidade unicamente de cada associado, com exceção das declarações oficiais dadas pelo Presidente da BUDA e pelo Diretor Geral do Instituto Pramāṇa.